Os alimentos processados e ultraprocessados são aqueles que sofrem diversas alterações em sua composição antes de chegarem às prateleiras do supermercado. Durante a sua fabricação, eles podem receber adição de sais, açúcares, gorduras e/ou aditivos químicos.
Normalmente, essas alterações acontecem em processos industriais, mas até as compotas caseiras de frutas e vegetais que levam açúcar, sal ou vinagre são consideradas alimentos processados, você sabia?
Quando o assunto é saúde, muito se fala sobre evitar o consumo de itens que tenham acréscimo excessivo de alguns componentes e ingredientes. Só que não dá para fazer isso sem saber em quais produtos prestar mais atenção, né?
Continue com a gente! Vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
O que são alimentos processados e ultraprocessados?
Como o próprio nome já diz, são produtos que passam por algum tipo de processo e, portanto, por uma ou mais técnicas industriais ou culinárias que alteram sua forma original – in natura – antes da venda ao consumidor final.
Mas, não confunda os alimentos minimamente processados com os que passam por alterações excessivas! Veja mais detalhes adiante.
Alimentos processados
Podemos dividir esse grupo entre os minimamente processados e os processados de fato.
Os primeiros são apenas descascados, limpos, moídos ou fermentados antes de embalados e passam somente por etapas de processamento essenciais para o seu consumo. Entre eles, estão o arroz, os iogurtes e as farinhas.
Já os outros, segundo o Guia Alimentar Para a População Brasileira, desenvolvido e divulgado pelo Ministério da Saúde, podem ter adição de:
- óleo;
- vinagre;
- açúcar; ou
- sal.
Essas alterações acontecem sempre com a intenção de aumentar o tempo que os itens podem ficar embalados e esperando para serem comprados ou consumidos. Muitas vezes elas, por consequência, também impactam em seu sabor original.
Pela maior durabilidade, os processados se tornam muito práticos e são bastante consumidos pela população em geral. Afinal, é mais fácil comprar um palmito em conserva do que o palmito fresco e que pode estragar rápido, certo?
Mas vale observar os componentes da tabela nutricional antes de fazer a sua escolha, para saber exatamente o que está comprando e qual o limite de consumo se quiser manter o organismo saudável.
Qual é a principal matéria-prima dos alimentos processados?
Um alimento deixa de estar em sua versão in natura e se torna processado quando recebe adição de sal, açúcar, vinagre ou óleo.
Então, lembre-se de analisar as matérias-primas de cada produto do supermercado se quiser descobrir exatamente o que você está consumindo e evite excessos.
Entre as principais razões para controlar até mesmo o consumo dos alimentos que não sejam ultraprocessados estão alguns malefícios à saúde, como diabetes e pressão alta, causados pelo alto consumo de sal e açúcar.
A recomendação do próprio Guia Alimentar é de que os processados façam parte das refeições maiores, mas apenas como elementos que complementam pratos compostos por ingredientes saudáveis.
Destaque para carnes frescas de aves, peixes ou boi, frutas e vegetais.
Alimentos ultraprocessados
Diferentemente dos anteriores, os alimentos ultraprocessados são aqueles que sofrem ainda mais transformações durante a sua fabricação e, por causa de tantas mudanças, acabam perdendo vitaminas, fibras e minerais, o que diminui drasticamente seu valor nutricional.
Nesses produtos são adicionados xaropes, conservantes e corantes, que têm como principal função aumentar seu tempo de validade, mas que também alteram sabores, aromas, cores e texturas. Tudo para deixá-los mais atrativos aos clientes.
Como identificar um alimento ultraprocessado?
É muito fácil perceber se um item que está na prateleira do supermercado passou por poucas ou muitas transformações enquanto era fabricado: verifique a lista de ingredientes presente nos rótulos e avalie cada um dos nomes apresentados nela.
Normalmente, essa lista possui várias palavrinhas que não são conhecidas e usadas no dia a dia. Mais do que a lista dos alimentos apenas processados – sem o "ultra". Observe!
Qual é a diferença entre processado e ultraprocessado?
Essa resposta é simples! A maior diferença está no nível de processamento do alimento, ou seja: na quantidade de etapas pelas quais o produto passou antes de ser embalado e na quantidade e nos tipos de ingredientes acrescentados a ele antes de estar pronto para o consumo.
Para ficar mais claro, se liga nos exemplos aqui embaixo.
Espiga de milho ➡ milho enlatado ➡ salgadinho |
O milho de espiga, quando é colhido e descascado, é um produto minimamente processado. Já quando o encontramos em lata, conservado em água e sal e à venda nos supermercados, ele é um alimento processado.
Um chips de pacote, feito com a farinha desse milho que passou por várias etapas até virar salgadinho, será considerado, então, algo ultraprocessado, porque todas essas etapas pelas quais ele passou resultaram na formulação total de um novo produto.
Pizza de liquidificador x pizza congelada |
Agora, uma pizza de liquidificador feita em casa pode ser considerada apenas "processada", se tiver ingredientes frescos em sua composição, enquanto uma pizza congelada é um alimento ultraprocessado.
Isso porque ela está cheia de aditivos químicos, responsáveis por melhorar seu sabor, sua aparência e até seu cheiro, além de aumentar seu prazo de validade.
Vamos juntos ver alguns outros alimentos que se enquadram em cada categoria? Continue a leitura!
Quais são os alimentos processados e ultraprocessados?
A regra básica é a seguinte: se aparecerem o sal ou o açúcar na lista de ingredientes do rótulo de um produto, ele será um alimento processado. Se existirem outros ingredientes nada naturais ou frescos em sua composição, ele será ultraprocessado.
Existem vários produtos processados nos supermercados e muitos deles aparecem em "versões" compota ou conserva. Por exemplo: legumes em conserva e compotas de frutas e queijos.
Um pão pode ser considerado um alimento processado, desde que seus ingredientes sejam apenas farinha, sal, água e fermento. O mesmo vale para queijos que levem apenas leite e sal na composição.
Esses itens se tornam alimentos ultraprocessados quando recebem adição de gordura, amido, emulsificante ou outros componentes e, portanto, quando têm sua versão original alterada e, consequentemente, seus nutrientes, calorias e outros índices também.
Tipos de alimentos processados
Anote! Um alimento pode ser considerado processado – e somente processado – quando passa, entre outras etapas, por:
- adição de sal;
- defumação;
- adição de açúcar; ou
- conservação em salmoura.
Carne seca e bacon são processados porque passam por adição de sal e defumação, frutas cristalizadas porque passam pela adição de açúcar, palmito, pepino e ovos quando conservados em salmoura e por aí vai.
Qualquer outro processo além desses tornará os produtos ultraprocessados.
Tipos de alimentos ultraprocessados
Não há dúvidas que os lanches servidos em redes de fast food sirvam como ótimos exemplos da adição exagerada de químicos e outros elementos ao que a gente consome, assim como biscoitos e bolachas recheadas, miojo e salgadinhos.
Mas, quais outros tipos de alimentos ultraprocessados que também fazem parte do nosso dia a dia e podem não ser tão óbvios assim? Vamos a eles:
- carnes embutidas, como presunto, linguiça e salsicha;
- alguns produtos desidratados como mistura para bolos ou sopas e caldos em pó;
- pizzas, lasanhas e outros produtos congelados;
- pirulitos, chicletes e até chocolates;
- refrigerantes, sucos em pó, refrescos e bebidas adoçadas no geral; e
- barras de cereais e cereais matinais.
A gente sabe que todos esses alimentos são muito gostosos, mas seu consumo exagerado não é recomendado pelos profissionais de saúde, pois todos eles contém muitos químicos nada saudáveis sob o ponto de vista nutricional.
Os ultraprocessados, principalmente, vêm contribuindo para o aumento de peso da população mundial como um todo e para o aparecimento de complicações de saúde mais graves, como diabetes, pressão e colesterol altos.
Então, que tal dar preferência por opções de lanches saudáveis na sua dieta e deixar para consumir esses alimentos apenas em momentos especiais?
Consulte um nutricionista se ainda tiver qualquer dúvida e aproveite momentos felizes sem culpa. Bom apetite!
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